segunda-feira, 8 de junho de 2009

Pensamentos para permanecer de mente sa

Nunca me considerei uma pessoa muito aventureira, na realidade, o maior sonho da minha vida é ser estável e equilibrada.

Ter um trabalho estável, que me permita ganhar o suficiente e que me deixe ser feliz. Ter o meu canto, as minhas tralhas, os meus libros, sem altos e baixos…

Por outro lado, só tenho 26 anos se nao me aventurar agora, posso vir a arrepender-me no futuro.

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O meu tempo é meu, a minha vida é minha, tudo o que preciso está sempre comigo, no meu coraçao e na minha cabeça. A familia e os amigos, à distancia de um telefone. É claro que preciso de pessoas à minha volta, sou um ser social e as pessoas, relaçoes e amizades sao o mais importante, reflectem o que somos.

Nao é fácil, por vezes gerir as relaçoes com os outros, vejo por exemplo no trabalho, uma série de pessoas descontentes, mas resignadas à espera do final do mês, mês após mês, e nao quero ser uma delas…

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Este parece ser um ano negro, estes últimos meses têm sido difíceis.

Nao só para mim, para varias pessoas à minha volta também, dou comigo a pensar “e no final, para quê?”, porque no final as coisas acabam por se resolver, de uma maneira ou de outra, acaba tudo por seguir o rumo natural das coisas.

Entretanto ficamos tristes, nervosos, deixamos de comer ou andamos tao obcecados que ficamos doentes…ultimamente tenho pensado que é dentro da nossa cabeça que temos a capacidade de gerir o que é bom e o que é mau. Devia ser tao simples como “A” vai para primeira gaveta e “B” para a segunda, por prioridades e por ordem de importancia. É verdade que existem coisas difíceis de gerir, mas penso muitas vezes em todas aquelas crianças subnutridas, sem atençao ou cuidados, sem esperança de vida, que na maior parte das vezes nao sabem sequer que existe um mundo lá fora onde muitas coisas sao diferentes…onde temos tudo e praticamente nunca nos sentimos verdadeiramente felizes, porque queremos sempre mais…e nao nos sentimos satisfeitos, nunca estamos satisfeitos…

Às vezes sinto uma espécie de chamamento, de deixar tudo aquilo a que me agarro e ganhar coragem para enfrentar algum desses lugares desolados do mundo, onde tudo faz falta e ainda assim é possível ser-se recibido com um sorriso, nos rostos magros e desolados pela miseria.

Porque perdemos tanto tempo a sofrer por coisas que, tarde ou cedo se resolvem?

Porque somos tao agarrados a coisas, sem as quais conseguiríamos viver normalmente e ser felizes?

Porque nos preocupamos tanto com o que os outros pensam?

Tantos “porquês”, tantas dúvidas, tanto sofrimento desnecessário…
Precisava escrever, já que nao posso falar…escrevo porque gosto de sonhar, mas também porque preciso que estas palavras saiam da minha cabeça…


Cat

(Escrito num teclado espanhol, peço desculpa pelos potenciais erros...)

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